sexta-feira, 15 de junho de 2012

10 de Junho: o 2º dia da Aventura - Camiño de Santiago.

Apesar do dia cansativo de ontem, o dia hoje começou cedo. Às 6h já os despertadores tocavam.
O dia tinha amanhecido chuvoso mas mesmo assim, pouco passava das  6h30m e já estávamos a pedalar nas ruas praticamente desertas de Fátima.
Para marcar o início oficial da nossa Peregrinação, fomos até ao Santuário:
 
 Depois de procurar um pouco pela estrada da Moita que, segundo nos informaram no posto de Turismo, era onde podíamos começar o Camiño, começámos a pedalar para aquecer.
As fotos por esta altura são poucas, porque a máquina ainda não é à prova de chuva.
Fomos seguindo as poucas e muito espaçadas setas que existiam e seguimos por zonas de um verde muito vivo, ainda mais acentuado pela chuva da manhã.
Ainda com pouco tempo de viagem, decidimos parar um pouco para tomar o pequeno-almoço.
Um pequeno-almoço com produtos nacionais e naturais.
Se a Compal sabe da publicidade que estamos a fazer ainda temos de alterar os equipamentos...
Mas voltando à viagem, quando voltámos a pedalar, rapidamente perdemos as setas amarelas que nos indicavam o caminho. Num cruzamento a única seta amarela não ajudou muito e acabámos por seguir uma estrada que nos obrigou a fazer uma "senhora subida". Ao chegarmos aqui, foi necessário discutir o que fazer a seguir. Existiam duas hipóteses:
1-voltar para o cruzamento onde tínhamos visto a última seta amarela, seguir até Ansião por estrada e daí procurar as setas, seguindo o Camiño.
2-seguir em frente, pela serra que estava à nossa frente.
Acabámos por decidir seguir a opção mais fácil...claro que foi a hipótese número 2: subir a serra!
Para ajudar a chuva voltou a fazer companhia:
 Como em muitas coisas na vida, apesar de estarmos um pouco perdidos, tivemos o presente de uma vista espectacular:

 No fim de subir a serra, voltámos a parar num cruzamento para acertar estratégias de como fazer agora.
O José Luís estava a tentar que o GPS nos desse uma ajuda.

Felizmente o GPS ajudou-nos mesmo e conseguimos encontrar o Camiño, agora sim com excelentes marcações. Se até aqui as setas eram muito poucas e muito espaçadas, a partir daqui as setas apareciam com a frequência que nos tinham habituado no ano passado. Não nos podíamos enganar agora!
 O caminho prometia...
e não nos enganou! Agora sim, é que estava a começar a ser o verdadeiro Camiño! Cheio de dificuldades...mas não é esse o caminho de todos nós peregrinos? Com problemas, mas problemas feitos para serem ultrapassados?
Mais uma seta amarela:
Por esta altura, o caminho era feito de single-tracks espectaculares, ainda que técnicos. A ajudar à dificuldade dos trilhos, a chuva tornava as pedras muito escorregadias e perigosas.
Num pequeno altar à beira do Camiño:
 A passar um túnel de vegetação:
 
Como já é hábito no Camiño, temos de passar por diversas vezes as estradas alcatroadas. Até é normal fazermos muitas passagens pela mesma estrada.
Nesta passagem, estava o José Luís:
seguido pelo Vítor:
 e pelo Vicente:
 Pode não parecer mas este pequeno troço era complicado devido à erva alta que tornava difícil escolher a melhor trajectória e escondia as irregularidades do trilho.
 Uma pequena amostra do caminho, um pouco mais à frente:
Durante o Camiño temos sempre uns metros de alcatrão para percorrer e descansar os músculos:
Já num caminho de terra batida...nada de técnico mas era a subir e as bikes já estavam a parecer um pouco mais pesadas.
O estradão passou a ser um trilho onde mal conseguíamos passar. Em certos pontos (como este) até era melhor passar a pé antes que o desviador perdesse o combate de boxe com alguma pedra.
Já num vale, pensamos que perto do Rabaçal, o percurso tornava-se um pouco mais simples:
 "Ah...bolas! Lá se foi o estradão de terra batida!"
 Sempre com as setas amarelas a fazer companhia
E lá voltamos a rolar descontraidamente, sem pressas, nem stress, nem problemas...isto sim...é qualidade de vida.
 O céu ameaçava chuva com as nuvens carregadas mas o tempo foi nosso amigo.
 Ainda bem que o Camiño passou por perto de um café. Sempre deu para matar o rato que andava a roer no estômago.
 
 
 Cá estávamos nós no Camiño certo.
 "Epá! Conheço isto! Passámos aqui ontem! Já estamos perto de Condeixa."
 Um placar informativo sobre os Albergues:
 Que trilho espectacular. Esta zona era bastante rolante, ainda que tivesse algumas partes um pouco mais técnicas. Havia pequenas passagens sobre pedras e ainda um curto mas perigoso single-track a centímetros de uma "falésia" de 1.5m, ao lado de um ribeiro.
 Mais um pouco de subida, porque já estávamos a rolar há imenso tempo:
"Ena! Civilização...que edifício é este? Onde será que estamos?"
 Depois de circundar o edifício, percebemos onde estávamos: em Conímbriga!
A poucos quilómetros de casa...se quiséssemos podíamos cortar à esquerda e seguir pela EN. Mas como peregrinos, temos de seguir à risca as nossas amigas setas amarelas...mesmo que saibamos que nos vão fazer andar às voltas...
Esta subida não era nada simples, ao contrário do que possa parecer na fotografia...tinha alguma inclinação e bastante pedra.
 Mais uma passagem pela EN1/IC2:
 E, para variar um pouco, como até nem tínhamos subido nada hoje, toca a pedalar:
 E mais uma vez estávamos ao lado de uma estrada conhecida:
Rapidamente chegámos a Coimbra, mas ainda a viagem até Santa Clara não foi fácil. No entanto, a vista compensava tudo.
A descida até ao Portugal dos Pequenitos foi feita sem  problemas nenhuns. Ainda bem que a calçada estava seca senão teríamos de passar com o dobro de cuidado e metade da velocidade.
Aproveitámos para descansar um pouco e pedir para carimbar a nossa Credencial:
Depois dos carimbos, voltámos a passar pelo Mondego que nos tinha dito "olá e adeus" ontem:
Seguimos por entre os edifícios típicos:
 Como é normal no Camiño, passamos por muitas vezes em locais de oração:
 Depois de andarmos às voltas nas ruas estreitas desta zona de Coimbra, passámos pela estação da CP, e seguimos na estrada paralela ao Mondego. Já tínhamos passado aqui ontem mas o mais engraçado é que nem fazíamos ideia de que era o Camiño. Após a ponte do Açude, seguimos por uma parte mais sossegada em questão de trânsito, porque o andamento esse não era calmo...era "sempre a 30!":
Um pouco mais à frente, voltámos a passar por uma estrada que o Hélder nos tinha indicado ontem. Até aqui tudo bem...o maior problema é que estávamos a adivinhar que existiam 2 subidas para fazer. Uma era a paralela ao IC2:
Esta subida já era nossa conhecida do percurso que ia ter perto da BMW. Só que hoje as setas amarelas mandavam seguir em frente em vez de cortar para a direita. No fim da subida, aproveitámos para parar um pequeno café para beber qualquer coisa e atestar os bidons de água.
A segunda subida de que estávamos à espera era a que seguia de Sargento-Mor até Santa Luzia.
Já em Santa Luzia, seguimos paralelamente à EN1:
Mas demos conta e já estávamos na terra do leitão e das rotundas:
"Já passámos aqui ao lado tanta vez e se não fosse o Camiño, nunca iríamos passar na Ciclovia."
 Já estávamos a ver as nossas casas...
 
Aproveitámos a passagem pelo recente Albergue de Peregrinos da Mealhada para carimbar a Credencial. Depois de trocar alguns dedos de conversa, seguimos para Anadia.
Sem sabermos na altura, o Mini-BTT de anos anteriores, passava pelo Camiño. "Olha! Eu estou a conhecer este trilho! Passámos aqui com o Mini-BTT o ano passado!"
O trilho ia dar à zona do complexo desportivo/piscinas. Era a altura ideal para a foto de grupo.
 Depois de passar Anadia, as setas amarelas mandavam pedalar para Avelãs de Caminho...já começávamos a ficar menos cansados...afinal de contas, estávamos muito perto de cumprir o nosso objectivo do fim de semana: ir para Fátima de bike e regressar no dia seguinte pelo Camiño de Santiago.
 Finalmente! Finalmente tínhamos chegado ao fim da nossa 1ª etapa do Camiño!
"Bem, já terminámos oficialmente a etapa do Camiño. E que tal fazer o fecho não oficial da etapa no café do Zé, que foi de onde partimos ontem?"
Pareceu uma excelente ideia, até porque a sede era muita!

 Que aventura! Que percurso! Que fim de semana! Aconselhamos todos os que gostam de andar de btt a fazerem este percurso. Os trilhos têm tanto de difícil como a paisagem tem de beleza. Muito bom mesmo!
O José Luís gravou o track para que possam ver no (Google Earth).

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